Estranha opção da CDU/Seixal

(Comunicado de Imprensa da JSD/Seixal)

CDU chumba moção PSD/JSD Seixal “Erradicar a pobreza”

SEIXAL, 12 de Janeiro de 2011 - As últimas Assembleias de Freguesia de Arrentela, Seixal, Corroios e Aldeia de Paio Pires vão ficar na história pelos piores motivos. No passado dia 29 de Dezembro de 2010, os eleitos do PSD apresentaram nas suas respectivas Assembleias de Freguesia, uma moção da JSD Seixal que vinha propor (a título opcional) a doação do valor das senhas de presença correspondente à presente reunião, a instituições de solidariedade social locais. A CDU chumbou.
Os motivos enumerados pelos eleitos da CDU chocaram a sensibilidade dos demais presentes na sessão: «A CDU não se sente responsável pela pobreza de ninguém»; «Esta moção é um apelo à esmola e à caridade»; «A culpa é das políticas prosseguidas pelo Governo»; «Não me sinto responsável pela pobreza das cerca de 78 milhões de pessoas, na Europa», etc.
Pobreza é uma força involuntária e invisível aos olhos de quem não a sente; é o fechar de olhos à necessidade de uma rápida intervenção. Como disse o poeta «ver com olhos as coisas é fácil e vão, por dentro das coisas é que as coisas estão».
Os números são alarmantes. Um terço da população portuguesa activa (entre os 16 e os 64 anos) seria pobre se dependesse apenas dos rendimentos do trabalho, de capital e de transferências privadas. Sem as pensões de reforma e as transferências sociais do Estado, mais de quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza!
Mesmo assim, e apesar das pensões de reforma e de sobrevivência e das transferências sociais do Estado português, há dois milhões de portugueses no limiar da pobreza, ou seja, com um rendimento de cerca de 360 euros mensais, dos quais 20% são jovens.
A JSD Seixal defende que o combate à pobreza não é apenas uma questão de recursos, é uma questão de vontade: devendo ser dada prioridade à dignidade humana. A acção deve passar pela comunidade, pela prossecução do bem comum e pela lógica de subsidiariedade com as pessoas.
A pobreza é um flagelo muitas vezes invisível, escondido e envergonhado. A responsabilidade no combate à pobreza é colectiva. A JSD Seixal afirma e reitera que a acção não surge do pensamento, mas de uma disposição para assumir responsabilidades.
O montante obtido das doações feitas pelos eleitos seria, sem dúvida, uma pequena grande ajuda para as instituições de solidariedade locais e também um sinal, não só de preocupação mas também de responsabilidade, daqueles que o povo elegeu.Este chumbo da CDU demonstrou que os seus eleitos não sabem lidar com esta realidade, auto-excluindo-se pela indiferença.
Comissão Política Concelhia da JSD Seixal