Com uma pompa e circunstância o governo anunciou hoje que vai baixar o IVA, a partir de 1 de Julho, de 21% para 20%.
A meu ver uma medida completamente despropositada e sem sentido para o mediano consumidor final. Tal diferença de taxação vai significar um encaixar menor de receitas para o Estado e um embolsar desses valores por um punhado de empresários, e de comerciantes.
Não afirmo isto por dizer, mas baseado na experiência daquilo que foi a transição do Escudo para o Euro e mais recentemente da alteração realizada no que diz respeito ao Imposto autómovel. Quer num caso quer noutro, o prejudicado foi o consumidor final. Os beneficiados foram apenas os comerciantes e os intermediários.
Em vez de descer agora o IVA e manter em expectativa uma outra eventual descida, deveria desde logo desce-lo de modo que o consumidor final visse refllectido no preço de venda ao público verdadeiramente uma redução.
Esta é uma descida simbólica, sem impacto na carteira do consumidor final. O mais provável é que esta descida nunca venha a ser reflectida nos preços finais. Os ganhos desta medida vão ser todos absorvidos pelos intermediários e vendedores finais. O consumidor final, que somos todos nós, nada irá sentir.
Esta medida não é uma medidada económica-financeira, mas apenas uma medida desde já eleitoralista. Mas que, por outro lado, demonstra que foram pedidos excessivos sacrificios aos portugueses e que estes (a chamada classe média e média baixa) é que pagaram a crise... uma crise que ainda não terminou, mantendo-se o perigo de recessão, e que se pode agravar, como consequência da crise nos Estados Unidos.
Mais uma vez se demonstra que não existe uma politica governamental e que este governa "à vista".
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