18/04/2011

Baixou o "rating" do voto europeu

Primeiro de tudo, quero fazer uma declaração de intenções.
Quero declarar que nunca hei-de "auto-desvalorizar" o meu voto, ou seja, por outras palavras, nunca irei desvalorizar o meu direito pessoal a exercer a minha cidadania.

Nunca irei em palhaçadas.

Nunca entregarei o meu voto a candidatos cujas propostas não passam de aproveitamentos políticos, de aproveitamentos resultantes de uma sensação de mal-estar e desapontamento da população com a governação em geral, candidatos que usam o folclore, a piada fácil, para tentar congregar, em seu proveito, o descontentamento das populações, mas contribuindo assim, para um descalabro ainda maior.

Nunca darei o meu voto a candidatos sem propostas, sem honestidade e seriedade, sem projectos, sem uma ambição conjunta para Portugal.

Nunca darei o meu voto a candidatos sem qualidade, sem competência, mas sobretudo a candidatos que não sejam honestos.

O meu voto tem demasiado valor.



No mundo democrático, com alguma ênfase na Europa, estamos a assistir a uma perigosa ascensão da extrema-direita, bem como ao surgimento de fenómenos políticos de desvalorização do voto, que apelam à abstenção, que apelam ao voto em branco, ou, que apelam ao voto em projectos claramente inaptos para prosseguir o interesse geral de uma nação, o interesse geral das populações.
 Fenómenos como aquele que senhor bastonário da Ordem Advogados advogou, apelando a uma "Greve ao Voto", não trazem qualquer mais-valia a um país, a uma democracia, apenas deveriam servir para relembrar ao senhor bastonário, que ao longo dos tempos, muitos deram a sua vida para todos nós, hoje vivermos/usufruirmos de um sistema democrático em Portugal, que apenas deveria servir para relembrar ao próprio senhor bastonário, que só é bastonário, porque foi democraticamente eleito, através do voto.

Este senhor, uma vez mais, prestou um péssimo serviço à democracia em Portugal.

Não se compreendem algumas intervenções deste senhor bastonário, para mais, levadas a efeito na qualidade de representante de uma classe profissional.

Qual a atracção deste senhor por assuntos que saem claramente da esfera da Ordem dos Advogados?

Qual a atracção que sente, em se "armar em cavaleiro andante", defensor do PS?

Qual a necessidade de se confrontar com Manuela Moura Guedes, sobre temas que não lhe diziam respeito?

Qual a necessidade deste senhor de desvalorizar a importância do voto?
 Paralelamente, assistimos a fenómenos de aproveitamento do descontentamento da população. Fenómenos populares, que apelam intrinsecamente a uma total desvalorização do voto, que se fundamentam apenas e tão só, na falta de esperança das pessoas, no desânimo. Candidatos como o senhor "Tiririca" no Brazil, o candidato "José Manuel Coelho" em Portugal, e eventualmente a "Malta da Luta", apenas desejam congregar os tristes, descrentes e desanimados com o nosso sistema político. Nada de novo. Nada de bom trazem ao interesse geral da nação. Tratam-se apenas de fenómenos que emergem num primeiro estádio de insatisfação das populações, e em que nada contribuem para a evolução de uma comunidade, de um país. O próximo estágio, quando os eleitores se fartarem desses "candidatos", será o de igualar o que se vem registando na Europa, com uma enorme ascensão da extrema-direita (e eventualmente de extrema-esquerda).


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No diz respeito ao Seixal, no nosso concelho, em eleições autárquicas assistimos ao bater de records de abstenção, que permitem à maioria comunista permanecer no poder por quase quarenta anos, com resultados muito pouco proveitosos para o mesmo concelho, para a população. Em que a qualidade de vida tem vindo a piorar, oportunidades de inovação, de melhoria, tem vindo a ser perdidas. Tão pouco feito em tanto tempo.



Primeiro populistas/comediantes depois extremismos.

É nisto que dá em desvalorizar a democracia, que a tantos, tanto custou a ganhar.

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