05/02/2008

Protestos contra as FARC


Com a devida vénia, aqui publico uma notícia de pessoas sem medo de manisfestarem a sua opinião:

" Venezuela: Centenas manifestam-se contra as FARC em CaracasCentenas de pessoas, entre elas estudantes, políticos, colombianos e alguns portugueses, e outros estrangeiros, marcharam hoje em Caracas contra a guerrilha colombiana e exigiram a libertação dos reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
Vestidos com t-shirts brancas e gritando palavras de ordem contra a guerrilha, os manifestantes concentraram-se na Praça Brión e na Avenida Francisco de Miranda (leste de Caracas), onde exibiram um grande cartaz com a mensagem «Não mais FARC».
Margarida Faria, uma das manifestantes, disse à Agência Lusa estar a participar na manifestação «porque há pessoas em mais de 160 cidades a mostrar repulsa pelas FARC» e porque «temos que ser solidários com os nossos irmãos colombianos e exigir a libertação de todos os reféns».
Na manifestação estavam vários líderes estudantis, entre eles Freddy Guevara, segundo o qual «o povo venezuelano não negoceia com terroristas», afirmou. «Há que procurar uma cooperação entre os dois exércitos para terminar com esse flagelo e não procurar confrontamentos entre os dois países (Venezuela e Colômbia)», adiantou.
Aquele responsável alertou que «enquanto se 'protegem' as FARC os venezuelanos morrem de fome e isso é hipocrisia».
Também o líder estudiantil universitário, Yon Goicochea, exortou a «terminar com os sequestros» e a «construir a esperança entre a Colômbia e a Venezuela», países que, disse, são vítimas das FARC.
Por outro lado, um grupo de 400 venezuelanos afluiu à Embaixada da Colômbia na Venezuela, em Campo Alegre (leste de Caracas), onde entregou ao embaixador Luís Fernando Marín um documento contra a proposta do Presidente Hugo Chávez de eliminar as FARC e o Exército de Libertação Nacional (ELN) da lista de organizações terroristas e conceder-lhes o estatuto de «forças beligerantes».
O acto de entrega do documento foi encabeçado por Milos Alcalay, ex-embaixador venezuelano na Organização das Nações Unidas (ONU), que explicou aos jornalistas que, em nome da organização de defesa dos direitos humanos «Grupo dos 400», manifestava discordar das «concessões» a «uma organização criminosa que tem 700 reféns, participa no narcotráfico e estabeleceu mecanismos de terror, mortes e assassínios».
As FARC são uma organização guerrilheira colombiana, que surgiu em 1964, de ideologia marxista-leninista e que tem entre 12.000 e 17.500 membros.
Mantêm em cativeiro, desde 13 Fevereiro de 2003, o luso-americano Marc Gonçalves, quando se despenhou o avião em que seguia com mais quatro companheiros, cumprindo uma missão de vigilância sobre cultivo de droga na selva colombiana de Caquetá, ao serviço de uma companhia privada contratada pelo governo norte-americano.
Os destroços do avião foram cercados por guerrilheiros das FARC que executaram os tripulantes Thomas Janis e Luis Alcides Cruz, levando como reféns Marc Gonsalves, Keith Stansell e Thomas Howes.
Criado em 1964, o ELN, com cerca de 4.000 homens, é o segundo movimento de guerrilha da Colômbia, precedido pelas FARC."
Diário Digital / Lusa
04-02-2008 18:34:00

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