«É mais importante ser-se católico do que português»
"A conferência de Marcelo Rebelo de Sousa em Coimbra, no âmbito das comemorações do 350.º aniversário da Fraternidade da Ordem Terceira de S. Francisco, ficou marcada por um grande sentido de fé do professor universitário, para além do habitual humor e carisma.
Num encontro que durou quase três horas, o comentador de televisão criticou a «tendência para o hiper laicismo da sociedade portuguesa», que tem «grande relutância em aceitar as opiniões dos cristãos», sobretudo em campos como a política, a economia e o trabalho.
«É um absurdo que eu, enquanto cristão, não possa dizer o que acho, porque dizem-me logo que isso tem que ser nos lugares de culto, que a religião é uma coisa e a política outra. Não entendem a fé cristã, que não é uma fé para manter secreta. A minha fé quer que eu defenda certos princípios da vida social e política, mas infelizmente é muito frequente encontrar gente inteligente que não aceita argumentos religiosos», explicou Marcelo Rebelo de Sousa.
"O professor universitário defendeu também que faz falta «uma maior liberdade» e lamentou que os portugueses sejam «muito críticos na opinião, mas muito dóceis na obediência». " in Ecclesia
Uma intervenção excelente à qual não foi dada a devida mediatização.
A quem não interessa ouvir certas opiniões?
A quem não interessa que outros ouçam opiniões diferentes?
Mudando de assunto, ou nem tanto:
No que diz respeito à notícia do Jornal Público, sobre tornar pública a avaliação dos professores, eu acho que deve ser muito bem regulamentada de modo a evitar "excessos" ou "constrangimentos".
Pode não ser tão simples como parece à primeira vista.
No entanto, quanta e quanta documentação, bem mais importante para o cidadão, permanece oculta aos olhos do comum dos mortais?
Se calhar existiam outras coisas que deviam ser bem mais públicas e menos internas, como os critérios para nomeação de quadros da administração pública. Se calhar temos de ser menos dóceis.
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