03/06/2010

Do PCP e dos seus (muitos) satélites

Artigo retirado do Blog Lisboa Tel Aviv.

Um artigo que me fez pensar a realidade do Seixal.

Aqui fica o artigo:

"Cada vez que há uma escaramuça no Médio Oriente, magotes de "activistas" concentram-se junto à António Enes para se manifestar. Na segunda-feira foram os do anti-semita Bloco de Esquerda, hoje, e para evitar misturas, foi a vez dos (do PCP?) de várias organizações de defesa da paz & congéneres. Foram elas: Associação de Amizade Portugal - Cuba, Associação Portuguesa de Amizade Yuri Gagárin, Colectivo Mumia Abu-Jamal, Comité de Solidariedade com a Palestina, CGTP-Intersindical Nacional, Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, Conselho Português para a Paz e Cooperação, Ecolojovem, Frente Anti-Racista, Intervenção Democrática, Juventude Comunista Portuguesa, Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Movimento Democrático de Mulheres, Movimento pelos Direitos do Povo da Palestina e pela Paz no Médio Oriente, Partido Comunista Português, Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, União de Resistentes Anti-fascistas Portugueses e União de Sindicatos de Lisboa.
Estas organizações dizem-se pela paz e cooperação e conta a opressão, a fome, e outras coisas politicamente correctas, mas a verdade é que com tantas guerras no mundo, que os ocupariam meses inteiros, só uma é que tem direito a manif em frente à embaixada. Nem Coreia, nem Darfur, nem Paquistão, nem Irão, nem Bolívia, nada. Só a guerra entre Israel e os palestinianos é que os tira do sofá.
Outro facto bastante curioso é a presença de sindicatos nestes protestos. Os sindicatos, por definição, servem para defender os interesses laborais dos seus associados, e não para fazer manifestações contra países estrangeiros. Os mais distraídos poderão pensar que foram lá para reivindicar mais direitos para os oprimidos trabalhadores israelitas. Mas não, o seu propósito é bem diferente e coincide com os propósitos dos "utentes dos serviços públicos", das "mulheres democráticas", das "colectividades" de recreio, e das associações com nome de múmia e de cosmonauta: servir os interesses políticos do PCP e apenas esses. Trata-se pois de satélites ao serviço da propaganda e da difusão das ideias do partido nos mais variados sectores.
As concentrações à porta da embaixada só ocorrem porque praguejar contra o Estado de Israel encaixa na perfeição nos leitmotivs da extrema-esquerda portuguesa: o anti-capitalismo e o anti-semitismo. Se assim não fosse, veríamos todos estes grupelhos em frente das embaixadas de todos os países onde há fome e guerra, a clamar por paz, justiça e pão."

Sem comentários: