01/01/2010

Preocupações ecológicas na homília da missa de Ano Novo


Na missa que decorreu na Sé Catedral do Porto, D. Manuel Clemente referiu diversas passagens da mensagem do Papa Bento XVI, intitulada Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.
Segundo o Bispo do Porto, «durante quase todo o tempo da nossa longa história a natureza era sentida como totalidade, donde cada um mal se destacava tal era a dependência de condições propícias ou adversas».
«Num país como o nosso, mal conseguimos imaginar facilmente o que era a precariedade das vidas e o sobressalto dos dias, ainda há poucas gerações atrás», continuou D. Manuel Clemente, que recordou «a altíssima mortalidade infantil, a pouca defesa contra qualquer infecção ou contágio e as resumidas práticas higiénicas».
Para o Bispo do Porto, a «oportuníssima mensagem de Bento XVI lembra-nos pontos essenciais duma ecologia integral, em que nada fique de fora da vontade do Criador».
«Não temos uma terra para temer nem para desgastar, mas para conhecer e desenvolver, como verdadeiros cuidadores dela», salientou.
D. Manuel Clemente considerou que resolver «a raiz da actual questão ecológica exige uma mudança igualmente radical dos desejos que estão por dentro dos consumos excessivos ou desorientados».
«Concluindo ainda com Bento XVI: A busca da paz por parte de todos os homens de boa vontade será, sem dúvida alguma, facilitada pelo reconhecimento comum da relação indivisível que existe entre Deus, os seres humanos e a criação inteira», afirmou.

Lusa / SOL




O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, defendeu hoje “uma profunda revolução cultural e civilizacional” para que a humanidade volte a encontrar a justiça e a paz.


O cardeal patriarca dirigiu as suas palavras para os “grandes problemas” que, numa época de globalização, “são comuns a toda a família humana, como o são, por exemplo, a salvaguarda do planeta Terra, a casa onde habitamos, a construção da paz, a vitória contra a violência, a promoção da justiça, de modo particular nos sistemas económico-financeiros e sociais”.

E, se os problemas são globais, também as soluções terão de o ser, considerou, referindo que a opinião pública portuguesa tem sido mobilizada na atenção a problemas específicos: “a crise económica, a violência crescente, a eficácia do sistema judicial, a corrupção, a luta contra a degradação do ambiente”.

D. José da Cruz Policarpo lembrou que estes problemas estão interligados, sendo causa-efeito uns dos outros.


“Administrar a justiça numa sociedade em que as pessoas e as instituições não procuram ser justas é tarefa árdua e complexa”, defendeu o dignitário da Igreja Católica.

Para o cardeal, a solução para todos estes “graves problemas da sociedade exige uma profunda revolução cultural e civilizacional”, devendo a tónica ser posta na educação, na família, na comunicação social, nas estruturas culturais, na formação para a liberdade


jornal Público




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