13/10/2010

Perplexidade a METRO

"Pois..."

"Natural..."

"Era de esperar..."

São expressões que se ouvem com muita frequência, como reacção
a esta notícia do jornal Público, que divulga grave situação financeira do Metropolitano Sul do Tejo, que corre o sério risco de deixar de operar.

Nada que não fosse previsto e esperado pelos cidadãos mais atentos de Almada e do Seixal. Nada para que não tivessem sido avisadas entidades interessadas.

Como é possível isto suceder, num empreendimento de milhões de euros?

Simples:
- Um traçado que não serve a população;
- Uma quase inexistente articulação com outros meios de transporte, conduzindo a que por muitas ocasiões se registe uma sobreposição de vários tipos de transporte para os mesmos percursos;
- O facto de tardar a implementação plena de todo o projecto, a construção das restantes fases do projecto; etc.

- Um Estado que não paga o acordado, 7,2 milhões de euros em atraso.

Mas, por outras palavras, senão tiver o subsidio do Estado esta empresa não é viável!

No meio disto tudo, um senhor administrador, que ainda consegue culpar uma situação, que cabe a ele resolver e só ele resolver, pelas dificuldades económicas da empresa: 25% dos passageiros andam de metropolitano mas não pagam!!

Então, quem tem o dever de resolver isto?

A quem devemos pedir contas?
Às autarquias locais que não souberam defender o interesses dos seus cidadãos, nomeadamente no que diz respeito ao traçado?
À administração central, como entidade que tutelou o projecto, pela fraca qualidade do mesmo e a morosa implementação?

Cheira-me, que ninguém vai ter culpa desta situação e mais uma vez " culpa irá morrer solteira".

A mim, fica-me apenas a perplexidade com que a incompetência grassa neste país, nestes concelhos.
Esperemos melhores dias.


PS: Esperemos, igualmente, que todos
os mineiros chilenos consigam ser resgatados são e salvos. Uma réstia de esperança num mundo que já pouco acredita em milagres.

Sem comentários: