"Pois..."
"Natural..."
"Era de esperar..."
São expressões que se ouvem com muita frequência, como reacção a esta notícia do jornal Público, que divulga grave situação financeira do Metropolitano Sul do Tejo, que corre o sério risco de deixar de operar.
Nada que não fosse previsto e esperado pelos cidadãos mais atentos de Almada e do Seixal. Nada para que não tivessem sido avisadas entidades interessadas.
Como é possível isto suceder, num empreendimento de milhões de euros?
Simples:
- Um traçado que não serve a população;
- Uma quase inexistente articulação com outros meios de transporte, conduzindo a que por muitas ocasiões se registe uma sobreposição de vários tipos de transporte para os mesmos percursos;
- O facto de tardar a implementação plena de todo o projecto, a construção das restantes fases do projecto; etc.
- Um Estado que não paga o acordado, 7,2 milhões de euros em atraso.
Mas, por outras palavras, senão tiver o subsidio do Estado esta empresa não é viável!
No meio disto tudo, um senhor administrador, que ainda consegue culpar uma situação, que cabe a ele resolver e só ele resolver, pelas dificuldades económicas da empresa: 25% dos passageiros andam de metropolitano mas não pagam!!
Então, quem tem o dever de resolver isto?
A quem devemos pedir contas?
Às autarquias locais que não souberam defender o interesses dos seus cidadãos, nomeadamente no que diz respeito ao traçado?
À administração central, como entidade que tutelou o projecto, pela fraca qualidade do mesmo e a morosa implementação?
Cheira-me, que ninguém vai ter culpa desta situação e mais uma vez " culpa irá morrer solteira".
A mim, fica-me apenas a perplexidade com que a incompetência grassa neste país, nestes concelhos.
Esperemos melhores dias.
PS: Esperemos, igualmente, que todos os mineiros chilenos consigam ser resgatados são e salvos. Uma réstia de esperança num mundo que já pouco acredita em milagres.
DELITO há dez anos
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