É minha opinião que a maior parte dos portugueses não se aperceberam que este foi um dos mais duros golpes de um governo contra um Presidente da República e contra a instituição Assembleia da República, retirando a ambas as instituições poderes que são conferidos por direito constitucional.
Se isso é possível entender no comum dos cidadãos, fica difícil perceber como é possível algum deputado votar a favor um diploma que contém duas normas como as que levaram a esta guerra institucional?
O que é que o PS quer com esta actuação?
Eleições antecipadas?
Protelar-se no poder na Região Autónoma dos Açores?
Fazer dos Açores um reduto da Rosa?
Porquê é que não se aprova um estatuto nos mesmos termos para a Madeira?
Será que ainda vamos ver o primeiro-ministro afirmar que as relações são boas?
Nenhum partido politico com assento na Assembleia da República sai ileso de toda esta confusão, mas sem dúvida que o PS fez tudo para gerar instabilidade. Por muito menos o senhor Presidente da República Jorge Sampaio, e sublinhe-se que o fez no final do seu segundo mandato, dissolveu a Assembleia da República e demitiu o governo liderado pelo Dr. Pedro Santana Lopes.
Foi por muito menos.
Aliás, ainda hoje não se sabe o verdadeiro fundamento dessa decisão, pois na declaração que fez na altura ao país nada foi esclarecido.
Com isto, "ofereceu" o governo do nosso país de bandeja ao PS.
Jogos políticos.
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