20/03/2009

Um Homem de Coragem - Bento XVI

Ao afirmar o que afirmou, nas barbas do "comunista" José Eduardo dos Santos, em Angola, fez mais do que qualquer chefe de estado tinha dito ou feito até agora, pelos angolanos, pela democracia, pela sobrevivência dos fracos, pelos oprimidos... Nem Obama, nem Chávez, nem Guterres, nem Sócrates nunca foram homens de coragem...
Um exemplo de coragem que uns "ceguinhos" procuram esconder e passam a assobiar para o lado.


Aqui, fica um extracto retirado da Ecclesia das suas afirmações.
"Bento XVI defendeu esta Sexta-feira em Luanda a necessidade de “acabar de uma vez por todas com a corrupção” e promover uma comunicação social “livre”.
O Papa falava num encontro no palácio presidencial, junto do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de autoridades políticas e civis e membros do Corpo Diplomático.
Aos africanos em geral, o Papa sublinhou que, “armados de um coração íntegro, magnânimo e compassivo”, poderão “transformar este continente, libertando o povo do flagelo da avidez, da violência e da desordem e guiando-o pela senda daqueles princípios que são indispensáveis em qualquer democracia civil moderna”.
Nesse contexto, elencou necessidades como "o respeito e promoção dos direitos humanos, um governo transparente, uma magistratura independente, uma comunicação social livre, uma administração pública honesta, uma rede de escolas e de hospitais que funcionem de modo adequado e a firme determinação - radicada na conversão dos corações - de acabar de uma vez por todas com a corrupção”.
Depois de fazer referência a “uma Angola que se levanta, depois de 27 anos de guerra civil que devastou o país”, Bento XVI apontou a estabilidade e liberdade como frutos da paz.
Num elenco de várias preocupações que levava consigo até África, o Papa denunciou “o jugo opressivo sobre mulheres e jovens meninas” e a prática “inqualificável” da “violenta exploração sexual”.
O discurso papal apontou ainda o dedo às “políticas de quantos estão a ameaçar os alicerces do edifício social”, promovendo o “aborto como cuidado de saúde materna” ou a “supressão da vida como uma questão de saúde reprodutiva”.
A Igreja, assegurou Bento XVI, estará sempre “ao lado dos mais pobres deste continente”, apoiando as famílias, em particular as atingidas pelas consequências da SIDA.
Referindo “a necessidade duma perspectiva ética do desenvolvimento”, Bento XVI sublinhou que “as pessoas deste continente pedem justamente uma conversão - profundamente convicta e duradoura - dos corações à fraternidade”.
“A quantos servem na política, na administração pública, nas agências internacionais e nas companhias multinacionais”, os africanos pedem sobretudo que “permaneçam ao seu lado de modo verdadeiramente humano, acompanhando pessoas, famílias e comunidades, mas sem as substituir”.
“O desenvolvimento económico e social da África requer a coordenação do Governo nacional com as iniciativas regionais e com as decisões internacionais. Uma tal coordenação supõe que as nações africanas não sejam vistas apenas como destinatárias dos planos e soluções elaborados por outros. Os próprios africanos, trabalhando juntos para o bem das suas comunidades, devem ser os agentes primários do seu desenvolvimento”, observou.

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