20/07/2009

A Corrida

O PS, tal como qualquer outro partido político, desde o BE ao CDS-PP, sente uma grande tensão interna aquando da altura de formação de listas.
Neste espaço temporal, mais do que em qualquer outra altura, o interesse individual sobrepõem-se definitivamente ao interesse colectivo dos partidos, não se encontrando de modo algum o interesse nacional da população em geral defendido.
No PS os apoiantes de Sócrates reclamam lugares elegíveis.
PSD os seguidores de Manuela Ferreira Leite procuram conseguir o salvo-conduto para o Palácio de S. Bento.
No BE são sempre os mesmo, os senhores do PSR.
Pelo CDS-PP os amigos e defensores do Portas, o único líder que ainda consegue fazer o partido crescer.
PCP e Verdes, procuram manter a sua ortodoxia, misturada com alguma juventude.

Depois vamos a votos.
Votamos, mas pouco esclarecidos. Votamos com a ingenuidade.
A verdade é que mais de 80% dos eleitores não sabem quais deputados que estão a eleger, pelo seu círculo eleitoral distrital, quando votam em determinado partido político. Não é raro ouvir uma pessoa em Castelo Branco que dizer que votou no Durão Barroso, quando este foi eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa.
Depois, não é de espantar que os deputados que realmente elegemos, não defendam os nosso interesses, não nos representem efectivamente na órgão máximo da nossa democracia, a Assembleia da República.
É esta a democracia que temos.
Devemos ser mais exigentes connosco e com os eleitos.
Não podemos continuar a ter incompetência na Assembleia da República.

A verdade é que ganha quem é mais popular, podendo não ser quem é mais competente.



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