Uma amiga minha relembrou-me este poema de Miguel Torga.
Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!
Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.
Miguel Torga, /Câmara Ardente
Já li o livro e vi o filme (318)
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*O CÉU QUE NOS PROTEGE* (1949)
Autor: *Paul Bowles*
Realizador: *Bernardo Bertolucci* (1990)
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