Paulo Rangel e Manuela Ferreira Leite, aconselhados (ou talvez não) não sei bem por quem, advogaram que já se encontrava ultrapassada a época dos comícios políticos.
Tudo bem, é uma opinião, com a qual não partilho. Se fizermos um pequeno exercício de comparação com outros países, não existe nenhum sistema político que funcione sem comícios. Uns maiores outros menores, mas proporcionando sempre uma proximidade entre eleitor e eleito. Se for transmitido directamente pela televisão e com perguntas da audiência ainda melhor. Mas, ao contrário que possam pensar os comícios não morreram apenas se transformaram.
Esta afirmação está longe de ser uma surpresa, visto já anteriormente a Dra. Manuel Ferreira Leite ter afirmado que iria acabar com os jantares de partido, no entanto, tem-se passeado constantemente por eles.
Não sei quem aconselha este tipo de afirmações, e em que contexto foram realizadas, mas uma líder partidária dizer que desta água não beberei, numa altura como esta, poderá ser interpretada como a intenção de não querer o contacto com a população. Acho deveras contraproducente para o próprio partido.
Mais, vir um jovem como o Paulo Rangel, que ainda há pouco tempo gaguejava quando falava para uma audiência, dizer a mesma coisa não cai bem. Nem a um nem a outro.
Agora, e mudando um pouco de assunto, ambos têm razão quando afirmam que, " pode vir a equipa do OBama", mas nunca conseguirão branquear aquilo que foi o governo de José Sócrates; pode a ministra da educação berrar aos quatro ventos que a avaliação dos professores é um sucesso, que realmente isso não passa de uma visão deturpada e lírica da realidade.
Mas estes nossos líderes de opinião, não se podem afastar dos eleitores, pois os eleitores só votam num candidato com o qual se identificam...
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